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A desaceleração da economia brasileira e a desvalorização do real neste ano está tornando o ambiente de negócios mais desafiador para emperass do país.

Por outro lado, os investidores têm em mãos capital ocioso que agora podem usar para comprar ativos a preços menores.

A desvalorização de 50% do real em relação ao dólar nos últimos quatro anos tornou o país mais competitivo como destino de investimentos.

Muitos fundos hesitaram em investir no Brasil durante os últimos 12 meses devido à expectativa de novas quedas do real, mas agora o risco de desvalorização é menor e, em 2015, espera-se um aumento nas atividades das firmas de private equity especialmente em setores vinculados ao consumo, como saúde e serviços financeiros.

Os preços dos ativos caíram com a redução das expectativas de crescimento, somada a um menor volume de capital fluindo para o país.

Apesar da série de notícias políticas e econômicas negativas no Brasil, incluindo o encolhimento do produto interno bruto, o rebaixamento da nota de crédito para grau especulativo e um escândalo de corrupção, os investidores de private equity continuam a apostar no país.

Os dados mostram um número crescente de negócios na América Latina como um todo. No início de 2014, os fundos de private equity tinham acumulado US$ 4,7 bilhões em capital comprometido destinado especificamente a investimentos no Brasil.

Investidores de peso têm feito negócios no país. Em abril, o Carlyle Group investiu US$ 593 milhões na compra de uma fatia minoritária da operadora de hospitais Rede D’Or São Luiz SA e, em agosto, adquiriu a administradora de planos de saúde e assistência Tempo Participações SA por US$ 169 milhões, segundo a provedora de dados Dealogic Ltd. Em maio, o GIC Pte Ltd., fundo soberano de Cingapura, pagou US$ 508 milhões por uma fatia da Rede D’Or.
Algumas firmas de private equity que atuam no Brasil afirmam que está mais fácil competir por negócios agora que as empresas enfrentam escassez de crédito.

O acesso a capital está encolhendo no Brasil com o contínuo crescimento do custo dos empréstimos. A taxa Selic subiu para 14,25% ao ano em julho, ante 7,25% 18 meses atrás.

Fonte: The Wall Street Journal

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