Num ano de forte queda de juros e que promete ter mais eventos de liquidez na economia brasileira, o segmento de gestão de patrimônio tende a manter índices de crescimento na casa dos dois dígitos.
Como o setor ainda é pequeno comparativamente ao mercado consumidor potencial, a expectativa é que os recursos sob o guarda-chuva de empresas com mandato para dar um destino às fortunas brasileiras prossigam exibindo “crescimento chinês” e tenham um incremento entre 15% e 25%. Se concretizado, o setor ultrapassaria com folga a marca dos R$ 100 bilhões.
Aquisições de fatias estratégicas e movimentos de consolidação são esperados também para o próprio segmento de gestão de patrimônio após o programa de anistia de recursos não declarados no exterior da Receita Federal ter dado livre trânsito para a fortuna dos brasileiros mundo afora.
Na composição das carteiras ao fim de 2016, a fatia alocada em renda fixa respondia por 48,1%, seguida pelos multimercados (24,6%), ativos de renda variável (17,6%), fundos estruturados (7,4%) e previdência (1,8%). Não houve alterações significativas em relação à foto de 2015.
A distribuição do volume administrado e dos grupos econômicos por região geográfica também se manteve estável na comparação entre 2015 e 2016. Os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro seguiram concentrando os recursos dos clientes em 2016, com fatias de 65,4% e 19,3%, respectivamente.
Fonte: Valor Econômico | 10 Mar 2017