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Pós Repatriação | Crescimento do Private Banking

Pós Repatriação | Crescimento do Private Banking

Após o período de regularização dos recursos mantidos no exterior, nacionalmente conhecido como repatriação, que trouxe para a legalidade R$ 150 bilhões, as instituições financeiras passam a analisar o destino dos recursos legalizados e as necessidades dos investidores.

Ressalte-se que apesar de não ter sido condicionante do processo de repatriação a efetiva inserção dos recursos no mercado financeiro brasileiro, há analistas que asseveram haver uma tendência em trazer parte dos recursos ao Brasil.

Por outro lado, há executivos que entendem que os investidores manterão seus bens regularizados no exterior. O que poderá mudar é a instituição financeira internacional que fará a custódia dos recursos.

Nesse sentido posiciona-se Paulo Cocharki, representante do banco UBS Wealth Management Brasil: “esse dinheiro não volta para o Brasil, vai ser mais uma discussão em que banco ele vai ficar. Com a anistia feita, ele vai repensar, vai ser um ‘rouba-monte’ internacional.”

Estima-se que entre 10% e 15% do valor total repatriado será destinado ao Brasil para aportes na economia real.

Nesse cenário, as instituições financeiras apostam no crescimento do “Private Banking”. Isto é, aconselhamento personalizado de investimento financeiro (gestão de ativos mobiliários e imobiliários, aconselhamento fiscal, apoio na gestão de empresas, facilidades de financiamento, etc) para clientes com maior renda, geralmente, acima de R$ 1 milhão.

Executivos financeiros acreditam que os investidores buscarão o aconselhamento de investimentos em instituições financeiras brasileiras, mesmo para a parte de seus recursos que se encontram no exterior, em vista de questões técnicas, como a diferença de fuso horário.

De dezembro de 2015 a junho de 2016, os investimentos de clientes do segmento de “Private Banking” cresceram 7,04%, passando de R$ 712,5 bilhões em dezembro de 2015 para R$ 762,6 bilhões em junho deste ano. Frise-se que a expectativa é que o setor cresça ainda mais em razão da repatriação.

 

Fontes:

Private banking espera crescer com a anistia. Adriana Cotias. Valor Econômico, Edição de 15 e 16 de novembro de 2016.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2016/08/22/internas_economia,796176/recursos-de-repatriacao-ao-private-banking-ficam-proximos-de-zero-diz.shtml