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“Visto para o paraíso”

O Brasil foi o 5º país que mais ‘exportou’ milionários para a Suíça em 2016. No total, 17 brasileiros compraram um visto Suíço no ano passado. Segundo o jornal Aargauer Zeintung, os russos dominaram a lista e compraram 165 vistos, o segundo lugar ficou com os turcos, com 36, seguidos por 21 americanos e 20 canadenses.

Apesar de a Suíça ser um paraíso fiscal, o que para muitos pode ser singelamente interpretado como uma facilidade, existem exigências para poder levar o seu dinheiro para lá, sendo certo que em razão dos acordos de colaboração realizados entre diversos países, as obrigações impostas estão cada vez mais rígidas.

A compra de visto na Suíça por estrangeiros, conhecido como “Permis B”, está condicionada à comprovação de patrimônio e a “interesses fiscais consideráveis”. Isso significa que os suíços permitem que os estrangeiros levem suas fortunas ao país, porém, devem contribuir pagando impostos.

Além disso, o estrangeiro é obrigado a pagar pelo menos US$ 50.000 (cinquenta mil dólares) pelo trâmite, sem falar nos gastos com intermediários, advogados e contadores. Após cinco anos com um visto temporário, o beneficiado pode receber uma autorização permanente de residência, dependendo das condições nas quais se encontra.

De todo modo, a comparação com outros países revela que o valor do investimento na Suíça não é tão elevado. No Canadá o interessado precisa investir US$ 800.000 (oitocentos mil dólares) para obter algum visto temporário; nos Estados Unidos o valor é de US$ 500.000 (quinhentos mil dólares). Já em Hong Kong chega a custar US$ 1.300.000 (um milhão e trezentos mil dólares), sendo um dos mais caros para obtenção de visto.

Portugal, por sua vez, concede o “golden visa” aos estrangeiros que comprarem imóveis, o que torna o país extremamente atrativo.

Fonte: Jamil Chade / O Estado de São Paulo