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INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DEMITE 1.000 EMPREGADOS: O QUE AS EMPRESAS PODEM APRENDER COM ISSO

Nos últimos dias, diversos veículos de comunicação noticiaram que o maior banco privado do Brasil promoveu a demissão de aproximadamente 1.000 empregados, a maioria em regime de home office. O fato chama atenção porque envolve um gigante sólido que, mesmo com lucros bilionários, precisou readequar sua estrutura de pessoal.

Nos últimos seis meses, esses trabalhadores foram acompanhados e não performaram como esperado. Alguns chegaram até a simular produtividade, permanecendo conectados sem efetivamente trabalhar.

Esse dado expõe uma questão ainda mal resolvida em muitas empresas: como conciliar trabalho remoto, produtividade e cultura organizacional.

Pontos centrais que o caso evidencia

Não há apenas um ponto central, mas vários que se conectam e precisam estar sob o radar de qualquer empregador:

  • O processo de desligamento: exige observância legal, documentação adequada, negociação sindical e critérios objetivos.
  • Controle de jornada e produtividade: especialmente em home office, é fundamental ter ferramentas e procedimentos claros para medir o desempenho, evitando litígios sobre horas extras ou alegações de sobrecarga.
  • Cultura da empresa: colaboradores remotos precisam estar alinhados com valores, metas e expectativas; sem isso, o risco de queda de engajamento e improdutividade aumentam.
  • Modelo de home office: ainda carece de maior debate, entendimento e padronização no Brasil. Sem regras claras, monitoramento adequado e políticas consistentes, o teletrabalho pode se transformar em fonte de conflito e baixa performance.

A atuação sindical

No caso da instituição financeira, o sindicato da categoria já pressiona pela reversão das demissões. Isso mostra que, além do aspecto jurídico, há também o aspecto político e coletivo, sendo que uma relação saudável e transparente com sindicatos pode reduzir desgastes e riscos.

O papel do Compliance Trabalhista

É nesse cenário que o compliance trabalhista e o consultivo preventivo se tornam diferenciais estratégicos. Entre os benefícios:

  • Planejar reestruturações de pessoal com segurança jurídica;
  • Estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação de performance, inclusive em home office;
  • Estruturar políticas de jornada claras, evitando passivos;
  • Garantir que decisões estratégicas sejam juridicamente sustentáveis;
  • Construir canais de diálogo e cooperação com sindicatos.

Lições para o empresário

Se até o maior banco privado do país pode enfrentar questionamentos, imagine a realidade de uma empresa que não possui estrutura jurídica especializada.

A diferença entre um corte estratégico e um passivo trabalhista milionário mora nos detalhes, seja no desligamento, no controle de jornada ou no modelo de home office.

Além disso, é importante considerar o custo real de uma demissão: não se trata apenas de verbas rescisórias, mas também da perda de know-how, da quebra da continuidade operacional e do investimento necessário para recrutar, treinar e integrar novos talentos.

Cada desligamento tem um impacto direto no caixa e na cultura da empresa.

O melhor momento para cuidar do aspecto jurídico das relações de trabalho é antes da necessidade de demitir. O consultivo preventivo não é um custo: é um investimento em segurança, continuidade do negócio e fortalecimento da cultura empresarial.

O Angélico Advogados conta com equipe especializada na matéria objeto do tema deste artigo, colocando-se à disposição para discutir quaisquer questões a ele relativas.

Caio Castro

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