Todos sabem a função de um advogado no mundo dos negócios, o operador, o interlocutor, o técnico. Não há um negócio fechado sem a presença desta figura jurídica.
Todavia, o advogado de hoje está integrado ao seu próprio mundo dos negócios chamado Advocacia.
São nos escritórios que as maiores transações são arquitetadas, quer seja com a intermediação e a apresentação das partes, quer seja com o desenrolar de um imbróglio jurídico, viabilizando a concretização de um negócio.
O que eu quero dizer é que nós, operadores do direito, não estamos mais cercados de processos judiciais em nossos escritórios, mas também atrás de planilhas, índices, gráficos e todas as demais ferramentas que podem ser úteis na conclusão de uma transação.
Não, não estamos afrontando o nosso código de ética, nem tampouco caracterizando a advocacia como uma atividade meramente mercantilista, mas, sim, entregando à sociedade mais uma possibilidade de serviço.
O negócio não está somente vindo ao advogado; está partindo dele também.
O que precisamos fazer é mudar a forma de nossa organização, com um olhar amplo para o marketing, para as finanças, bem como a forma de gerir um escritório de advocacia.
Muitas firmas já estão à frente do nosso tempo e estão incorporando estes mecanismos à administração do escritório, porém ainda existe muito espaço neste mercado.
O que, diga-se de passagem, à primeira vista poderá atiçar a concorrência entre escritórios.
Mas não entendo dessa forma, pois creio que, com o atingimento da maturidade gerencial dos escritórios, será impulsionado o fortalecimento do negócio chamado Advocacia.