S1kip to content

O Exercício da Advocacia e o Respeito ao Direito

Eu juro, no exercício das funções do meu grau, respeitar sempre os princípios da honestidade, patrocinando o direito, realizando a justiça, preservando os bons costumes e nunca faltar à causa da humanidade”.

Certamente, todos aqueles que se formaram, em Direito, recordarão dessas belas palavras proferidas antes de receber o tão almejado diploma.

Num momento de grande emoção, todos nós JURAMOS que assim faríamos.

Entretanto, passados alguns anos, quantos cumprem tal juramento?

Não tenho nenhuma intenção de polemizar e, tampouco, generalizar, mas o que percebo é que o exercício da Advocacia transformou-se, apenas, em uma atividade rentável, onde o que menos conta é o respeito ao Direito, seja do seu próprio cliente ou da parte contrária.

Tenho me deparado com inúmeros casos nos quais advogados lançam mão dos artifícios mais sórdidos possíveis e, às vezes, inimagináveis, apenas para obtenção dos seus vultosos honorários, não importando, sequer, se direito algum assiste ao seu cliente.

Pior, ainda, é quando, cientes de que inexiste esse direito, acreditam que questionar a integridade moral da parte contrária seja a melhor saída.

Aí indago: onde estão os princípios da honestidade, o direito e a própria justiça?

Não discuto que todos aqueles que, por qualquer motivo, sejam processados, mereçam uma defesa.

O que questiono é o limite de tal defesa.

Bom seria se, a cada novo processo, fôssemos obrigados a efetuar, novamente, esse juramento.

Resolveria o problema?

Provavelmente, não. Mas, já, seria um começo. Vale a reflexão.